A Diferença Entre o Programador Inteligente e o Sábio!

Published on February 14, 2025

No mês passado, falei sobre a diferença entre conhecimento e sabedoria.

Mas hoje, quero ir além e discutir algo que pode parecer contraintuitivo: ser inteligente não é suficiente.

Eu sei, soa estranho. Afinal, ser inteligente é importante e valorizado, especialmente na engenharia de software. Mas acredite, apenas inteligência não garante boas decisões, nem impede que ótimos programadores cometam erros.

A verdadeira diferença entre um desenvolvedor inteligente e um desenvolvedor sábio está na forma como eles enxergam e lidam com os desafios do dia a dia. Enquanto o primeiro foca em resolver problemas, o segundo evita que eles aconteçam.

Então, por que a inteligência por si só não basta? E como a sabedoria pode transformar a maneira como você desenvolve software? Vamos explorar isso!

Inteligência vs. Sabedoria no Desenvolvimento

Já reparou que, na maioria dos times de engenharia de software, há aqueles desenvolvedores que impressionam pela capacidade técnica e aqueles que parecem ter uma espécie de “sexto sentido” para evitar problemas? Ambos são bons, mas há uma diferença crucial entre eles: inteligência e sabedoria não são a mesma coisa.

Se você der um requisito para um desenvolvedor inteligente, ele provavelmente encontrará uma solução eficiente e tecnicamente boa. Mas um desenvolvedor sábio pode olhar para o mesmo problema e enxergar além do código: ele considera as consequências, os riscos e as armadilhas que ninguém percebeu ainda e as brechas que aquele recurso pode trazer!

Vamos falar muito sobre essas diferenças… Bora conversar!

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A Diferença Entre um Desenvolvedor Júnior e um Desenvolvedor Sênior

Dizem que desenvolvedores gastam, em média, apenas 50% do tempo escrevendo código (vou colocar algumas referencias sobre esse tema polêmico no final do artigo). O resto do tempo vai para entender requisitos, lidar com mudanças, revisar decisões e tentar evitar problemas futuros. Mas muitos só percebem isso depois de anos na profissão. Aqui existe um padrão comum:

Desenvolvedores juniores pegam requisitos simples e criam códigos complexos.

Desenvolvedores seniores pegam requisitos complexos e criam código simples.

Por quê? Porque experiência ensina que menos código significa menos chances de algo dar errado.

Em geral, desenvolvedores mais experientes são sábios porque já cometeram erros suficientes para saber o que evitar (claro eles precisam aprender com os erros e evitar a todo custo os mesmos erros novamente). Um desenvolvedor júnior pode ser incrivelmente inteligente, mas ainda não teve a oportunidade de errar o bastante para se tornar sábio.

O Problema com Erros Difíceis de Prever

O grande desafio do desenvolvimento de software é que muitos erros não parecem ser erros no começo.

Erros simples dão um feedback rápido: você vê o problema, corrige e segue em frente. Mas os erros complicados… esses só aparecem meses depois, quando o sistema cresce, quando um novo requisito chega ou quando um comportamento inesperado causa um efeito cascata.

Pense em uma decisão que parece inofensiva, como armazenar um valor codificado no código-fonte. No momento, tudo funciona perfeitamente. Mas meses depois, essa escolha exige uma liberação completa para ser alterada, fazendo você pagar o preço dessa decisão várias vezes.

Resolver Problemas Não é o Suficiente — Evite-os Antes Que Aconteçam

Já ouviu essa frase de Albert Einstein?

“Uma pessoa inteligente resolve um problema. Uma pessoa sábia o evita.”

Na engenharia de software, essa ideia é mais relevante do que nunca. A verdade é que muitos dos problemas que enfrentamos poderiam ter sido evitados antes mesmo de acontecer. Mas por que isso continua acontecendo?

Simples: a maioria dos desenvolvedores está treinada para resolver problemas, não para evitá-los.

Todos nós adoramos codar. Criar algo novo, desenvolver uma solução elegante, arquitetar um sistema robusto. Mas o que diferencia um desenvolvedor sábio de um inteligente não é a capacidade de programar bem, mas a habilidade de saber quando escrever código e, mais importante, quando não escrever.

O Maior Problema da Engenharia de Software Hoje

Na sua opinião, qual é o maior problema na engenharia de software hoje?

Para mim, e talvez para você também, o problema mais crítico não é um bug em produção ou sistemas lentos. O verdadeiro problema são os erros que poderiam ter sido evitados antes de chegar ao usuário final.

Quanto mais cedo um problema é detectado, mais barato e simples ele é de resolver. Mas, por algum motivo, ainda falhamos em antecipar essas armadilhas e nos encontramos constantemente apagando incêndios que poderiam ter sido evitados.

E o pior: muitos desses problemas não estão no código, mas nas decisões que tomamos antes mesmo de escrevê-lo.

A Mentalidade Reativa vs. A Mentalidade Preventiva

A maioria dos desenvolvedores trabalha de forma reativa. Esperamos um problema aparecer para então corrigi-lo. Isso parece natural porque fomos treinados para resolver desafios técnicos. Mas a mentalidade de um desenvolvedor sábio é preventiva. Ele não quer apenas corrigir bugs — ele quer evitar que eles existam.

Aqui está a diferença:

O desenvolvedor inteligente resolve problemas. O desenvolvedor sábio evita que eles existam.

O desenvolvedor inteligente escreve código. O desenvolvedor sábio questiona se aquele código precisa mesmo ser escrito.

O desenvolvedor inteligente implementa a solução mais eficiente. O desenvolvedor sábio questiona se essa solução é realmente necessária e sustentável a médio e curto prazo.

Cada linha de código escrita hoje é uma dívida técnica que precisa ser pago amanhã. Código que não precisa existir não pode quebrar, não pode dar manutenção e não pode se tornar um gargalo no futuro.

Os Pilares de um Desenvolvedor Sábio

Se queremos ser mais sábios no nosso trabalho, precisamos desenvolver certos hábitos e mudar a forma como encaramos problemas. Aqui estão três pilares essenciais da sabedoria na engenharia de software:

1. Escrever código deve ser a última opção

Os desenvolvedores mais experientes entendem que código é um fardo. Cada linha escrita precisa ser mantida, corrigida e entendida no futuro. Se há uma forma de resolver um problema sem adicionar complexidade ao sistema, essa deve ser a primeira escolha.

Antes de escrever código, um desenvolvedor sábio se pergunta:

✔️ Será que um ajuste no processo de negócio resolve o problema?

✔️ Será que podemos simplificar os requisitos antes de sair codando?

✔️ Podemos reutilizar algo já existente ao invés de reinventar a roda?

Se a resposta for sim para qualquer uma dessas perguntas, talvez o melhor código seja aquele que nunca precisou ser escrito.

2. Evitar o excesso de requisitos “interessantes”

Um erro comum que desenvolvedores cometem é tentar prever todas as necessidades futuras do sistema e, no processo, criar uma base de código inflada e difícil de manter.

O desenvolvedor sábio foca no essencial. Ele entende que:

🔹 Requisitos interessantes podem ser bonitos, mas aumentam a complexidade desnecessariamente.

🔹 Funcionalidades “legais de ter” muitas vezes nunca são usadas, mas deixam o código mais difícil de entender.

🔹 A melhor arquitetura é aquela que resolve os problemas reais do usuário da forma mais simples possível.

Isso significa dizer “não” para features desnecessárias e “sim” para soluções enxutas.

3. Automatizar menos, quando necessário

No mundo da engenharia de software, ouvimos muito a frase “automatize tudo”. Mas será que essa é sempre a melhor abordagem?

Às vezes, um simples processo manual resolve um problema melhor, mais rápido e com menos custo do que um sistema complexo.

Por exemplo:

• Criar um dashboard para monitoramento pode parecer incrível, mas se a equipe só precisa checar um relatório uma vez por mês, um simples e-mail automatizado pode ser suficiente.

• Desenvolver um sistema de aprovação de pedidos pode ser um investimento alto, enquanto um simples fluxo de aprovação no Slack pode funcionar melhor.

O desenvolvedor sábio pensa no custo de longo prazo da automação e sabe que nem sempre a melhor solução é a mais sofisticada.

Agora, pare um instante e pense:

• Quantas vezes você já escreveu código que, depois de um tempo, percebeu que poderia ter sido evitado?

• Alguma vez você implementou algo apenas porque parecia uma boa ideia, mas nunca foi realmente necessário?

• Já passou por uma situação em que um problema poderia ter sido antecipado, mas só foi descoberto tarde demais?

Se sim, bem-vindo ao aprendizado prático da sabedoria na engenharia de software.

No fim das contas, ser inteligente pode fazer de você um excelente resolvedor de problemas. Mas ser sábio significa reduzir os problemas que você e sua equipe precisam resolver.

Quando Falar Menos e Ouvir Mais Faz a Diferença

Você já entrou em uma reunião com uma ideia brilhante na cabeça, ansioso para apresentá-la, mas saiu percebendo que não tinha considerado tudo?

Ou talvez, no meio de um code review, tenha começado a explicar seu ponto antes mesmo de entender completamente o feedback do outro desenvolvedor?

A verdade é que, na engenharia de software, saber ouvir pode ser mais valioso do que saber falar.

A Importância da Escuta Ativa em Engenharia de Software

Desenvolvedores são treinados para pensar rápido, encontrar soluções e otimizar sistemas. Mas muitas vezes, a resposta que estamos buscando já está na fala de alguém, e a única coisa que precisamos fazer é ouvir.

Escuta ativa não é apenas ficar em silêncio enquanto outra pessoa fala. É prestar atenção, interpretar e realmente considerar o que está sendo dito antes de formular uma resposta.

Muitos problemas em projetos de software não surgem por falta de conhecimento técnico, mas porque as pessoas estavam mais preocupadas em falar do que em ouvir.

A Impaciência que Nos Faz Errar

Já aconteceu de você sugerir uma solução logo no começo de uma conversa e, depois de 15 minutos, perceber que não era bem aquilo que o time precisava?

Esse é um erro comum porque somos impacientes. Queremos contribuir, queremos encontrar respostas rápido, mas acabamos tomando decisões antes de entender completamente o problema.

Isso acontece o tempo todo:

📌 Em reuniões técnicas: alguém explica um problema, e outro já interrompe com uma solução antes de entender os detalhes.

📌 Em code reviews: um desenvolvedor critica um trecho de código sem perceber o contexto maior da implementação.

📌 Em discussões de arquitetura: alguém propõe um framework novo sem considerar as limitações do time ou os requisitos do negócio.

O resultado? Decisões apressadas, retrabalho e frustração.

Ouvir Antes de Falar — O Que um Desenvolvedor Sábio Faz

Um desenvolvedor sábio entende que:

✔️ Quanto mais você ouve, mais aprende. As melhores ideias não surgem de falar, mas de absorver diferentes perspectivas.

✔️ A resposta certa pode estar na pergunta que você ainda não fez. Muitas vezes, um pequeno detalhe que alguém menciona pode mudar completamente a abordagem de um problema.

✔️ Ouvir evita desperdício. Antes de sair escrevendo código ou sugerindo mudanças, um bom desenvolvedor busca entender o problema por completo.

A próxima vez que estiver em uma discussão técnica, tente o seguinte (pelo menos eu tento seguir isso quando possível 😅):

1️⃣ Antes de responder, espere a outra pessoa terminar e faça pelo menos uma pergunta sobre o que foi dito.

2️⃣ Antes de sugerir uma solução, reformule o problema com suas palavras para garantir que entendeu.

3️⃣ Resista ao impulso de falar logo — veja se outro colega tem algo a acrescentar antes de você.

Isso pode parecer simples, mas faz uma diferença gigantesca na forma como as decisões são tomadas.

Mas e Quando a Gente se Engana? Escutar mais do que falar nos protege de um problema ainda maior: a armadilha da autoconfiança.

Já aconteceu com você? Ter certeza absoluta de uma ideia, investir tempo nela, só para depois perceber que estava errado o tempo todo? Isso acontece porque somos a pessoa mais fácil de enganar. E é exatamente sobre isso que vamos falar agora.

Você é a Pessoa Mais Fácil de Enganar — A Armadilha da Autoconfiança

Richard Feynman, disse algo que deveria estar gravado na mente de todo engenheiro de software:

O primeiro princípio é que você não deve enganar a si mesmo e você é a pessoa mais fácil de enganar.

Pense nisso por um momento. Você já se pegou absolutamente certo de algo, apenas para descobrir depois que estava completamente errado?

Talvez tenha defendido uma decisão técnica com convicção, achando que era a melhor abordagem, mas depois percebeu que ignorou detalhes críticos. Ou talvez tenha cometido um erro que parecia impossível de acontecer – porque você tinha certeza de que já tinha pensado em tudo.

A verdade é que nos enganamos o tempo todo. E o pior? Muitas vezes, nem percebemos isso. Mas por quê?

A Ilusão da Certeza e o Espelho Deformado

Imagine que você está olhando para um espelho que, à primeira vista, parece perfeito. Você ajusta a camisa, arruma o cabelo e sai de casa com a confiança de que está impecável. Mas, quando encontra um amigo, ele aponta que sua roupa está suja ou desalinhada. Você volta ao espelho e percebe que havia uma pequena distorção nele – sutil o suficiente para não notar de imediato, mas grande o bastante para enganar sua percepção.

Esse espelho é a nossa própria mente. Quando olhamos para nossas decisões, intuições e certezas, queremos acreditar que estamos vendo as coisas com total clareza. Mas na realidade, nossos vieses, nossa confiança excessiva e nossa tendência natural de confirmar aquilo em que já acreditamos deformam essa visão sem que percebamos.

E esse é o perigo. Quando outra pessoa tenta nos enganar, podemos, com esforço, perceber a manipulação. Mas quando nos enganamos, não há um alarme interno que nos avise. Somos vítimas de nossa própria ilusão de conhecimento.

Como Isso Acontece no Desenvolvimento de Software?

Isso é algo que acontece frequentemente no mundo da programação. Pense em um programador que tem anos de experiência e já resolveu inúmeros problemas. Ele acredita que consegue olhar para um código e imediatamente saber onde está o erro. Mas essa confiança excessiva pode fazer com que ele ignore os detalhes e passe horas depurando o lugar errado.

Ou um time que, convencido de que seu design arquitetural é à prova de falhas, ignora sinais de problemas emergentes até que seja tarde demais. Como estavam certos de que haviam pensado em tudo, não se prepararam para o inesperado.

Essa autossabotagem silenciosa acontece porque o maior truque que nossa mente nos prega é nos fazer sentir que estamos certos, mesmo quando estamos errados.

O Que Fazer Para Não Cair Nessa Armadilha?

Duvidar da própria certeza – Sempre que sentir absoluta confiança em algo, pergunte-se: O que eu poderia estar deixando passar?

Buscar perspectivas externas – Conversar com colegas, buscar revisões e questionar ideias ajuda a enxergar os pontos cegos.

Testar premissas como um cientista – Em vez de assumir que algo está certo, experimente provar a si mesmo que pode estar errado.

Criar sistemas de checagem – Processos como testes automatizados, revisões de código e análises pós-mortem ajudam a reduzir erros gerados pela autoconfiança.

No fim das contas, o problema não é ter certezas, mas confiar nelas sem questionamento.

O primeiro princípio para evitar ser enganado pelos outros é garantir que você não está, antes de tudo, enganando a si mesmo.

O Que Estamos Perdendo?

O problema não é a falta de inteligência. Na verdade, quanto mais inteligentes somos, maior a chance de nos enganarmos, porque nossa própria mente pode nos levar a confiar demais em nossas próprias conclusões. A capacidade de raciocinar rapidamente e encontrar padrões pode nos fazer ignorar informações que contradizem nossas crenças, reforçando ilusões em vez de questioná-las.

Nosso cérebro gosta de encontrar padrões, de preencher lacunas na lógica, de criar narrativas que fazem sentido – mesmo quando esses padrões são ilusórios e essas histórias são falsas.

A engenharia de software está cheia de exemplos disso:

🔹 “Esse bug não pode ser culpa do meu código.” (mas é)

🔹 “Essa decisão de arquitetura é a melhor opção.” (até descobrirmos que não era)

🔹 “Tenho certeza de que testei todas as possibilidades.” (até o sistema cair em produção)

O problema real não é errar – errar faz parte do aprendizado. O problema é acreditar tanto em nossa própria certeza que deixamos de questioná-la.

E quando paramos de questionar nossas certezas, abrimos a porta para erros que poderiam ter sido evitados.

Viés Cognitivo — Como a Sua Própria Mente Engana Você

Nosso cérebro é cheio de atalhos mentais – chamados de vieses cognitivos – que nos fazem cometer erros sem perceber. E no desenvolvimento de software, esses vieses podem nos levar a tomar decisões ruins, ignorar sinais de alerta e insistir em abordagens erradas.

Aqui estão alguns dos mais perigosos para um desenvolvedor:

1. Viés de Confirmação 🚨

Nosso cérebro busca evidências que confirmam o que já acreditamos e ignora qualquer coisa que contradiga nossa visão.

Exemplo: Você acredita que sua implementação está correta e, ao depurar um bug, foca apenas nos trechos de código que “provam” isso, ignorando os lugares onde o problema realmente pode estar.

Como evitar? Ativamente procure por informações que contradigam sua hipótese. Se algo parece perfeito demais, desafie sua própria ideia.

2. Viés de Superconfiança

Tendemos a acreditar que somos melhores do que realmente somos e que sabemos mais do que realmente sabemos.

Exemplo: Você pula a fase de testes porque “tem certeza” de que seu código está correto. Resultado? Algo quebra em produção.

Como evitar? Nunca confie 100% no seu próprio código. Revise, peça feedback e teste. Sempre.

3. Viés de Planejamento

Sempre subestimamos o tempo necessário para concluir uma tarefa – porque esquecemos de considerar os imprevistos.

Exemplo: “Ah, essa feature vai levar só dois dias para implementar.” Três semanas depois, ainda estamos resolvendo problemas inesperados.

Como evitar? Multiplique sua estimativa inicial por 1.5 ou 2. Planeje para falhas e atrasos.

4. Viés da Cegueira ao Erro

Quando acreditamos tanto em uma solução, nem conseguimos enxergar quando ela está errada.

Exemplo: Você defende uma decisão técnica porque foi você quem propôs, e agora sente que mudar de ideia seria admitir fracasso.

Como evitar? Desenvolva humildade intelectual. Mudar de ideia não é sinal de fraqueza – é um sinal de inteligência.

O Excesso de Confiança Nos Pune Sem Aviso

Se tem algo que aprendi ao longo dos anos, é que o código não liga para o que você acha. O sistema vai quebrar, não importa o quão confiante você esteja.

Quantas vezes vimos histórias de sistemas que falharam porque alguém achou que “tudo estava certo”? Empresas gigantes perderam milhões porque desenvolvedores acreditaram que não era necessário revisar, testar ou considerar um cenário extremo.

O excesso de confiança nos pune porque nos impede de fazer perguntas críticas como:

✔️ “E se eu estiver errado?”

✔️ “O que pode dar errado com essa abordagem?”

✔️ “Eu realmente testei isso da maneira certa?”

Um desenvolvedor sábio não busca estar certo o tempo todo. Ele busca estar menos errado. Não deveríamos sempre tentar evitar erros? Bom, sim… Mas ninguém é perfeito ou uma máquina. Erros fazem parte do processo. Mas um programador sábio também é realista com seu próprio trabalho, limitações e com seus colegas também.

E a única forma de estar menos errado é duvidar de si mesmo antes que a realidade te force a fazer isso.

A Humildade Intelectual — A Chave para a Sabedoria

Se queremos evitar a armadilha da autoconfiança, precisamos cultivar um hábito fundamental: a humildade intelectual.

Isso significa:

🔹 Aceitar que podemos estar errados.

🔹 Estar abertos a mudar de opinião diante de novas informações.

🔹 Ouvir mais e falar menos (como falamos no tópico anterior).

🔹 Buscar feedback constantemente – e não apenas quando algo dá errado.

Os melhores desenvolvedores que conheci ao longo da minha carreira não eram os que sabiam tudo. Eram os que estavam sempre aprendendo.

Eles faziam perguntas. Desafiavam suas próprias certezas. E, acima de tudo, não tinham medo de admitir que estavam errados.

O Que Isso Significa para Você?

Agora, eu te pergunto:

• Você já teve certeza absoluta de algo e depois percebeu que estava enganado?

• Já ignorou um feedback porque achava que “sabia mais”?

• Já subestimou a complexidade de uma tarefa e depois percebeu que deveria ter sido mais cuidadoso?

Se sim, bem-vindo ao clube. Isso acontece com todos nós.

A boa notícia? Você pode treinar sua mente para evitar esses erros. A chave está em questionar, duvidar e buscar a verdade – mesmo quando ela for desconfortável.

Porque, no final das contas, não importa o quão bom você seja. Se você não souber evitar suas próprias armadilhas mentais, mais cedo ou mais tarde, elas vão te pegar.

E Agora? Como Aplicamos Isso ao Nosso Trabalho Diário?

Agora que entendemos como nossa própria mente pode nos enganar, a pergunta é: como podemos minimizar isso no nosso dia a dia como desenvolvedores?

Isso nos leva a um ponto fundamental: a importância de medir duas vezes antes de cortar.

Porque carpinteiros sabem disso há séculos… mas nós, desenvolvedores, raramente somos tão cuidadosos. Vamos falar sobre isso agora.

Medir Duas Vezes, Cortar Uma Vez

Se você já viu um bom carpinteiro trabalhando, sabe que eles seguem um princípio simples, mas essencial:

“Meça duas vezes, corte uma vez.”

A lógica é clara: errar o corte significa desperdiçar material, tempo e esforço. E, em um trabalho manual, refazer algo mal planejado pode ser um pesadelo.

Agora pense na engenharia de software. Quantas vezes escrevemos código sem medir direito, sem pensar nas implicações, sem validar o que estamos fazendo? O resultado? Retrabalho, código descartado, refatorações dolorosas e sistemas que se tornam verdadeiros labirintos técnicos.

A diferença? No mundo físico, um corte errado desperdiça madeira. No software, um “corte errado” pode gerar anos de dívida técnica ou dano financeiro para a empresa!

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Carpinteiros e Desenvolvedores — O Que Podemos Aprender?

Carpinteiros experientes não saem serrando tábuas sem um plano. Eles seguem um processo:

1️⃣ Medem cuidadosamente. Certificam-se de que as dimensões estão corretas.

2️⃣ Marcam o local do corte. Validam se aquilo faz sentido dentro do projeto.

3️⃣ Fazem um corte preciso. Com o mínimo de desperdício e sem pressa.

Agora compare isso com um desenvolvedor sábio:

✔️ Antes de escrever código, ele entende o problema. O erro começa quando partimos para a solução antes de entender o que precisa ser resolvido.

✔️ Ele valida o planejamento. Faz perguntas, desafia premissas, analisa riscos antes de implementar.

✔️ Escreve código com precisão. Evita complexidade desnecessária, foca no essencial e minimiza o risco de retrabalho.

Mas muitos desenvolvedores (especialmente os menos experientes) fazem o contrário: começam a codar antes de medir. Isso leva a refatorações constantes, mudanças inesperadas e soluções que crescem sem controle.

O segredo de um código sustentável? Planejamento.

Como Desenvolvedores Sábios Evitam Retrabalho e Código Mal Planejado

Aqui estão algumas práticas essenciais para garantir que estamos “medindo duas vezes antes de cortar”:

🔹 Escrever Design Docs antes de começar grandes mudanças. Não precisa ser um documento formal gigantesco, mas um resumo claro do problema, das soluções consideradas e dos riscos envolvidos.

🔹 Fazer Provas de Conceito (POCs). Antes de implementar uma solução complexa, testar hipóteses em pequena escala pode evitar grandes surpresas mais tarde.

🔹 Revisar arquitetura antes de construir. Um bom desenvolvedor não apenas pensa na funcionalidade imediata, mas na evolução do sistema. Ele considera como a solução interage com o resto do software, sua escalabilidade e seu impacto no longo prazo.

🔹 Priorizar código simples. Um carpinteiro não usa 50 pregos quando dois bem colocados são suficientes. O mesmo vale para código: quanto mais simples e direto, melhor.

Essas práticas não eliminam completamente os erros, mas reduzem significativamente o desperdício de tempo e esforço.

Afinal, Código é Apenas Parte da Equação

Se medir duas vezes antes de cortar já faz tanta diferença, por que ainda vemos tantos projetos com problemas de arquitetura, decisões técnicas ruins e retrabalho constante? Porque o código em si não é tudo.

A engenharia de software vai muito além de simplesmente escrever linhas de código. A diferença entre um desenvolvedor mediano e um desenvolvedor sábio está na forma como ele enxerga o impacto do seu código.

E é exatamente sobre isso que vamos falar agora.

Código é Apenas Parte da Equação — O Que um Desenvolvedor Sábio Considera?

Você já parou para pensar no impacto do código que escreve?

Não apenas se ele é eficiente ou elegante, mas se ele vai sobreviver ao tempo? Se outras pessoas conseguirão entendê-lo, dar manutenção e expandi-lo sem dor de cabeça?

A maioria dos desenvolvedores inteligentes se preocupa em escrever código rápido, eficiente e, muitas vezes, bonito. Mas ser um desenvolvedor sábio significa enxergar além da implementação isolada.

Porque, no fim das contas, o código não existe por si só. Ele é apenas um meio para um fim maior: resolver um problema real de forma sustentável.

Você Está Criando uma Solução Ou um Problema Para o Futuro?

Agora, pense um pouco sobre seu código mais recente.

Ele é fácil de entender ou exige que alguém passe 30 minutos decifrando?

Se um novo desenvolvedor entrasse no time amanhã, ele conseguiria trabalhar nele sem dificuldades?

Se um bug surgir daqui a seis meses, será simples de diagnosticar ou você estará lidando com um enigma indecifrável?

Muitos desenvolvedores focam tanto em encontrar a solução mais otimizada no curto prazo que esquecem que, no futuro, essa mesma solução pode se tornar um pesadelo de manutenção.

Um desenvolvedor sábio não busca apenas rapidez ou beleza no código. Ele busca três pilares essenciais:

✔️ Estabilidade — O código precisa ser resiliente, mesmo em cenários inesperados.

✔️ Facilidade de manutenção e extensão — Se adicionar uma nova funcionalidade significa quebrar meia dúzia de coisas, algo está errado.

✔️ Facilidade de testabilidade — Código que não pode ser testado facilmente é um risco esperando para explodir.

Soluções rápidas e elegantes podem parecer ideais no momento, mas se não respeitam esses princípios, podem se tornar uma armadilha que ninguém quer tocar no futuro.

Código Bonito Não Basta — Ele Precisa Ser Sustentável

Todo mundo gosta de código limpo, bem estruturado e elegante. Mas “bonito” é subjetivo. Para um desenvolvedor sábio, código bonito não significa apenas indentação impecável e nomes bem escolhidos.

Código bonito precisa ser funcional e sustentável no longo prazo. Isso significa que ele deve ser:

🔹 Fácil de entender – Se outro desenvolvedor precisar decifrar sua lógica como um enigma, algo está errado.

🔹 Fácil de manter – Se cada pequena alteração exige horas de retrabalho, sua estrutura não é tão boa quanto parece.

🔹 Eficiente e equilibrado – Código bem escrito não pode comprometer a performance só para parecer mais “modular” ou “sofisticado”.

🔹 Equilibrado em performance: Se uma solução consome 10x mais recursos só para parecer mais “modular”, é um problema, não uma solução.1

O verdadeiro diferencial de um desenvolvedor sábio está no equilíbrio entre clareza, flexibilidade e desempenho.

Por exemplo:

📌 Criar uma estrutura complexa para percorrer uma simples lista pode ser um exagero, tornando o código mais difícil de ler e manter sem benefício real.

📌 Adotar abstrações excessivas pode dificultar a compreensão do código e impactar a performance sem necessidade.

O segredo não é evitar abstrações ou otimizações, mas garantir que elas tenham propósito e tragam benefícios reais para o código e para quem vai trabalhar com ele no futuro.

Documentação Não é Apenas Escrever um Documento Que Ninguém Lê

Agora, vamos falar sobre um ponto que muitos desenvolvedores ignoram ou fazem da forma errada: documentação.

Você já viu aqueles documentos extensos guardados em um diretório obscuro que ninguém abre? Ou aqueles comentários no código que explicam o óbvio sem agregar nada de útil?

A verdade é que documentar não é apenas escrever por escrever.

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Mas então, o que um desenvolvedor sábio faz?

Ele entende que documentação precisa ser útil, acessível e focada no propósito.

E isso não significa apenas escrever um texto detalhado. Podemos documentar de várias formas:

✔️ Cenários de testes bem escritos — Uma suíte de testes bem organizada pode contar a história do sistema de forma mais clara do que um documento de 20 páginas. Se alguém quer saber como algo deve se comportar, ele pode simplesmente olhar os testes.

✔️ Histórico de decisões — Registrar o porquê de certas escolhas evita que, meses depois, alguém refaça um trabalho que já tinha sido discutido antes.

✔️ Código autoexplicativo — Funções e variáveis bem nomeadas eliminam a necessidade de comentários redundantes.

✔️ Padrões de documentação úteis — Um bom README, um conjunto de ADRs (Architectural Decision Records) ou até uma wiki organizada podem ser muito mais valiosos do que um documento perdido em uma pasta esquecida.

Documentação bem feita não é um peso, é um investimento que reduz dúvidas, erros e retrabalho.

O Que Um Desenvolvedor Sábio Considera Antes de Escrever Código?

Antes de implementar qualquer coisa, um desenvolvedor sábio se pergunta:

1️⃣ Isso realmente precisa ser feito? Nem todo problema precisa ser resolvido com código. Às vezes, um ajuste no processo já resolve.

2️⃣ Qual o impacto dessa decisão a longo prazo? Se a solução de hoje pode virar um problema amanhã, talvez seja hora de reconsiderar.

3️⃣ Esse código será fácil de testar, manter e entender? Se a resposta for não, então a solução ainda não está ideal.

O foco não é só na solução imediata, mas na sustentabilidade do código ao longo do tempo.

Como Evoluir de um Desenvolvedor Inteligente para um Desenvolvedor Sábio?

Então tudo o que conversamos deixa claro: ser inteligente não basta.

Saber resolver problemas, otimizar código ou dominar frameworks modernos é importante, mas não é o que realmente diferencia um desenvolvedor experiente. O verdadeiro diferencial está na capacidade de aplicar esse conhecimento de forma inteligente, antecipando e prevenindo problemas antes que eles surjam.

E se tem algo que você pode ter certeza na engenharia de software, é que as coisas vão dar errado.

Você Não Pode Lutar Contra a Realidade

❌ Seu código vai quebrar.

❌ Seu planejamento vai falhar.

❌ A arquitetura que parecia perfeita hoje pode não fazer sentido amanhã.

Isso não significa que você fez algo errado. Significa que a realidade é imprevisível e você precisa se preparar para ela.

Desenvolvedores juniores tendem a lutar contra a realidade. Eles querem que o código funcione do jeito que imaginaram, que o design se mantenha intacto, que o sistema siga exatamente o plano inicial. Mas quanto mais tempo você passa na área, mais percebe que o software está sempre mudando – e resistir a isso só gera frustração.

Desenvolvedores sábios entendem que não podem evitar mudanças, mas podem se preparar para elas. Eles sabem que problemas vão surgir, mas garantem que eles não se tornem desastres.

Você quer ser esse tipo de desenvolvedor? Aqui estão alguns princípios que podem te ajudar.

1. Aprenda a Pensar Antes de Codar

Sabe aquele impulso de abrir o editor e já começar a escrever código? Segure ele um pouco.

Antes de codar, se pergunte:

✔️ Eu realmente entendi o problema?

✔️ Já validei as premissas antes de sair implementando?

✔️ Existe um jeito mais simples de resolver isso?

Os melhores desenvolvedores não são os que escrevem mais código, mas os que escrevem apenas o código necessário.

2. Pratique a Escuta Ativa

Já falamos sobre isso antes, mas vale reforçar: ouvir é uma habilidade essencial na engenharia de software.

Quando um colega dá um feedback sobre seu código, escute antes de responder.

Quando um PM ou designer explicam um problema, tente entender antes de sugerir uma solução.

Muitas decisões ruins acontecem porque desenvolvedores estão tão focados em “resolver” que não percebem que não entenderam direito o problema.

3. Antecipe Problemas Antes Que Eles Aconteçam

Aqui está um exercício mental útil:

🔹 Antes de fazer uma mudança no código, pense nos piores cenários.

🔹 Pergunte-se: o que pode dar errado?

🔹 Se algo der errado, o quão difícil será corrigir?

Isso evita muitas armadilhas. Por exemplo, se você precisa alterar a estrutura de um banco de dados, não basta apenas executar a migração. Você precisa pensar no impacto disso nos dados existentes, na performance e nos serviços que dependem dessa estrutura.

A diferença entre um desenvolvedor inteligente e um sábio está na capacidade de enxergar os riscos antes de enfrentá-los.

4. Aceite que Você Vai Errar – e Aprenda com Isso

Se tem algo que todo desenvolvedor precisa entender é que errar faz parte do jogo.

O problema não é errar. O problema é não aprender com os erros.

Todo desenvolvedor sênior que você admira já tomou decisões ruins, já quebrou sistemas em produção, já subestimou o tempo de um projeto. O que os fez crescer não foi evitar erros, mas sim aprender com eles.

Então, quando você errar:

🔹 Entenda onde foi o problema.

🔹 Analise o que poderia ter sido feito diferente.

🔹 Compartilhe o aprendizado com o time.

O erro só é um problema quando acontece pela segunda vez.

5. Pense em Longo Prazo

Desenvolvedores inteligentes fazem código funcionar.

Desenvolvedores sábios fazem código durar.

Da próxima vez que estiver escrevendo uma feature ou corrigindo um bug, pense no futuro:

📌 Esse código vai ser fácil de manter?

📌 Ele vai se comportar bem se o sistema crescer?

📌 Ele está bem testado para evitar que um pequeno erro se transforme em um grande problema?

A diferença entre um código bom e um código ruim muitas vezes não é percebida no primeiro mês – mas sim daqui a um ano, quando alguém precisar mexer nele.

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Inteligência Sozinha Não Faz um Bom Desenvolvedor

Se tem algo que eu espero que você leve deste artigo, é isso:

📌 Ser inteligente não basta.

📌 Ser rápido não basta.

📌 Escrever código limpo não basta.

O que realmente importa é transformar sua inteligência em sabedoria.

Isso significa pensar antes de codar, ouvir mais do que falar, antecipar problemas antes que eles aconteçam e entender que software não é estático – ele precisa evoluir e você precisa evoluir junto com ele.

Eu agradeço DE CORAÇÃO você ter lido até o final! Grande abraço! ❤️

Developers Spend Less Than 10% of Time Coding

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Modularidade e abstração são importantes, mas quando aplicadas de forma exagerada, podem impactar diretamente a performance e o consumo de recursos. Podemos considerar algumas formas de como isso pode acontecer:

1️⃣ Excesso de chamadas indiretas – Criar camadas excessivas de abstração pode resultar em muitas chamadas de métodos ou funções intermediárias desnecessárias. Cada chamada adiciona overhead e pode tornar o código mais lento, especialmente em linguagens interpretadas como Python e JavaScript, onde a sobrecarga de chamadas de função pode ser significativa.

2️⃣ Uso exagerado de interfaces e injeção de dependência – Em algumas arquiteturas, cada funcionalidade é extraída para uma interface, tornando a execução mais indireta. Em linguagens como Java e C#, isso pode gerar um alto custo de lookup dinâmico e penalizar a performance devido à necessidade de resolver dependências em tempo de execução.

3️⃣ Objetos e estruturas de dados desnecessariamente complexos – Criar uma hierarquia excessivamente abstrata pode resultar em objetos pesados, com grande consumo de memória. Por exemplo, se cada entidade em um sistema precisar passar por diversas camadas de adaptação antes de ser usada, o garbage collector pode ter mais trabalho limpando objetos temporários, afetando o desempenho geral.

4️⃣ Uso abusivo de reflection e proxies dinâmicos – Algumas abordagens de desacoplamento exageram no uso de reflection (como em Java e C#) ou proxies dinâmicos (como em TypeScript com Proxy e NestJS). Essas técnicas permitem flexibilidade, mas aumentam a latência, pois operações que poderiam ser diretas passam a depender de análise em tempo de execução.

5️⃣ Loops e iterações desnecessárias – Abstrações mal pensadas podem levar a múltiplas iterações sobre os mesmos dados. Por exemplo, se uma camada de serviço filtra uma lista, uma camada de repositório faz outro filtro e, depois, a camada de aplicação processa novamente, isso significa percorrer a mesma estrutura de dados várias vezes sem necessidade.

6️⃣ Excesso de chamadas de rede ou banco de dados – Algumas arquiteturas overengineering tornam as operações simples extremamente caras. Por exemplo, ao dividir um processo lógico em vários microsserviços sem necessidade real, pode-se gerar um excesso de chamadas HTTP, aumentando a latência e o custo computacional da aplicação.

O objetivo da modularidade é facilitar a manutenção e evolução do código, mas um design mal planejado pode fazer exatamente o oposto. O desenvolvedor sábio sabe que abstrações devem ser aplicadas com equilíbrio, considerando tanto a legibilidade e flexibilidade quanto a eficiência do código em produção.